Saturday, January 21, 2012

The phenomenon of Luiza “alka seltzer” / O fenômeno Luíza sonrisal

   A few days ago, Paraíba initiated a very weird phenomenon that spread throughout the Northeast and from there to the rest of Brasil, and even a second country – Canada – has been effected. The phenomenon, in the lack of a better way to describe it, was for me understood as Luiza alka seltzer. I explain: when we put an alka seltzer in water, this immediately goes bubbling. The bubbles get bigger, noisy, splashing water all over, but in less than a minute, all the commotion in the water surface goes away. So, we drink it and feel better for a while.

   
   The phenomenon Luiza alka seltzer started with an advertising of an apartment complex. Like other commercials about apartments, it was boring, lacked creativity and originality in content. However, in this specific commercials, Luiza's daddy – the protagonist - initiated the frenzy with a simple sentence that displayed our typical *tupiquinim high society snobbism (see the commercial below in case you hadn’t watch it yet). The exhibitionism of having a daughter living few months in a first world country soon turned into a joke in the social networks, and the first bubbles were blowing up.
   Media scholars, psychologists, specialists in human behavior and even philosophers were interviewed to explain the phenomenon through the concept of “meme”, that means the act to imitate. And as the act of copying other ones was always an efficient way to be part of a group, everybody does that once a while even unconsciously. In the case/phenomenon Luiza alka seltzer, the imitation was so massive that companies, artists, medias and even politicians had started to say “Luiza who is in Canada” as it would add value to themselves, their products and services. The bubbles were big and noisy like crazy.
   In the truth, what the phenomenon Luiza alka seltzer represents is the desperation of getting better in this world-wide economic crisis – just like the effect of an alka seltzer that makes us to feel better for a while. Luiza, being or not in Canada, could generate some extra money and fifteen minutes of fame. But the 17 years old teen who interrupted her studies in Canada to be bubbling in Brasil does not have the power to save the economy of a state or a country, not even launch others or her own popularity to the sky. And that is when the bubbles dissolve for good.

*Tupiniquim is the name of an Brazilian tribe and is also an informal word for Brazilian in modern Brazilian Portuguese, used as both a noun and an adjective. For example: cinema tupiniquim (Brazilian cinema) – (wikipedia.org)


   Poucos dias atrás Paraíba iniciou um fenômeno estranhíssimo que se alastrou para o Nordeste e de lá para todo o Brasil, e até mesmo um segundo país – Canadá – foi parcialmente infectado. O fenômeno, na falta de uma explicação melhor, foi por mim compreendido como Luíza sonrisal. Eu explico. Quando soltamos uma pastilha sonrisal na água, isso imediatamente começa a borbulhar. As bolhas vão ficando maiores, mais barulhentas, espirrando água para todos os lados, mas, com menos de um minuto, tudo se dissolve.
   O fenômeno Luíza sonrisal iniciou com um comercial de um prédio de apartamentos como tantos outros: enfadonho, sem criatividade, texto um tanto quanto sem originalidade. Mas diferente dos outros comerciais, nesse, o protagonista e pai de Luíza lançou a pastilha na água quando disparou uma pérola do pedantismo high society tupiquinim (assista ao comercial abaixo, se é que você não já o viu). O exibicionismo de ter uma filha vivendo uns poucos meses em um país de primeiro mundo logo virou motivo de piada nas redes sociais. Eram as primeiras bolhas que começavam a estourar.
   Sábios da mídia, psicólogos, especialistas em comportamento e até filósofos explicaram o fenômeno através do conceito de meme, palavra que deriva da grega mimeses, e que significa o ato de imitar. E como copiar uma ação pode ser um bom meio de fazer parte de um grupo, todo mundo faz isso de vez em quando, mesmo que não se dê conta. No caso/fenômeno Luíza sonrisal, a imitação foi tão massiva que empresas, artistas, meios de comunicação e até políticos começaram a encaixar “Luíza que está no Canadá” nas suas ações, como se isso fosse uma agregação de valor aos seus serviços, produtos ou posição social.
   Na verdade, o que o fenômeno Luíza sonrisal representa é mesmo o desespero de chamar atenção e se diferenciar em um mercado mergulhado em uma crise econômica mundial. Luíza, estando ou não no Canadá, pode até render um dinheirinho extra e uma popularidade passageira; mas uma adolescente de 17 anos que interrompeu seu intercâmbio cultura para borbulhar numa sociedade medíocre e sem originalidade não tem como salvar a economia de um estado ou um país. E lá se vão as bolhinhas se desmanchando para sempre.

Tuesday, November 22, 2011

Sertão



Considered by the uninformed as a place of extreme poverty, the Sertão is a place of stunning green landscapes.
Considerado pelos ignorantes como um lugar de extrema pobreza, o sertão pode revelar deslumbrantes paisagens verdes.

Uiraúna city / Cidade de Uiraúna

In Portuguese, the original meaning of the word “Sertão” was backlands away from the Atlantic coastal regions. Today, it means the semi-arid region in Northeastern Brasil.

Barragem da Farinha

Durante a época da colonização, a palavra “sertão” significava uma região distante do litoral. Hoje, essa palavra se refere à região semiárida do nordeste.



Because the Sertão is located close to the equator, the hot temperatures remain consistent year round. 
Porque o sertão está localizado perto do equador, as temperaturas permanecem quase uniformes ao longo do ano e são tipicamente quentes. 


 The Sertão has a distinctive vegetation called “Caatinga” - low thorny bushes adapted to the extreme climate; however, several species of Caatinga are grown for their fruits, such as the cashew nut.
A caatinga, vegetação típica do sertão, é adaptada ao clima extremo da região.




The "vaqueiros" which translate to "cowboys", use leader clothes specially designed to protect them against cuts from the rough vegetation.
Os vaqueiros usam trajes de couro apropriados para protegê-los dos espinhos da caatinga.




Many areas of the Sertão also have unique flora, and are an important biodiversity hot-spot.
Por causa da biodiversidade única de sua flora, muitos locais do sertão são de grande importância.

Patos


Patos has a population of 100,732 and is the biggest city of the Sertão in the Brazilian State of Paraíba.
Patos tem uma população de cerca de 100.732 habitantes. É a maior cidade do sertão da Paraíba, e a 3ª cidade-polo do estado por sua grande importância socioeconômica.


Skyline of city of Sousa

Sousa, with a population of around 65,807 is the second largest city in the Paraiban Sertão.
Sousa tem uma população que gira em torno de 65.807 habitantes. É a segunda cidade mais populosa do sertão paraibano.


Cajazeiras

The third largest city, Cajazeiras, has a population of around 58,437.
Cajazeiras tem uma população em torno de 58 437 habitantes e é a terceira maior cidade do sertão paraibano.

Lajedo de Pai Mateus


Catholic churches are present in every single city in the Sertão


Monte Horeb

Most parts of the Sertão are between 200 and 500 meters above sea level.
A maior parte do sertão fica entre 200 e 500 metros acima do nível do mar.

Monteiro City

Pico do Jabre

At approximately 1,020 meters above sea level, the city of Pico do Jabre is the highest point in the state.
O Pico do Jabre tem 1.020metros e é o ponto mais alto da Paraíba.
  
Pedra Lavada city


Ipitanga river

Serra de Teixeira

Most parts of the Sertão are between 200 and 500 meters above sea level.
A maior parte do sertão fica entre 200 e 500 metros acima do nível do mar.





Friday, November 11, 2011

Itaquatiaras (em portugues)

   Na Serra da Borborema, município de Ingá, há um monólito com cerca de 23 m de comprimento e mais de 3 m de altura que chama a atenção por apresentar caracteres estranhos e imagens de animais, frutas, humanos, constelações e até a via láctea. Batizado de “Itaquatiaras”, esse monumento é um dos achados arqueológicos mais expressivos do planeta.


   A palavra "Itaquatiara" em tupi significa "pedras pintadas", e, de acordo com especialistas, ainda há vestígios de pigmentos sobre os signos esculpidos em baixo relevo, o que prova que as inscrições possuíam cores vivas numa época remota.
   O monumento do interior da Paraíba é conhecido pelo “mundo civilizado” desde a descoberta do Brasil, pois foi mencionado pela primeira vez em 1618, no livro Diálogos da Grandeza do Brasil cuja autoria é atribuída ao português Ambrósio Fernandes Brandão.
   Também chamado de "Pedra do Ingá", esse monumento arqueológico foi o primeiro a ser tombado como patrimônio nacional em 1944.

Origem
   A identidade de quem esculpiu as Itaquatiaras sempre levantou polêmica. Muitos acreditam que as imagens foram feitas pelo povo pré-histórico que viveu na região. No entanto, os indígenas que habitavam aquela área na época do descobrimento do Brasil, bem como seus descendentes que ainda hoje vivem ali sempre afirmaram que os signos não foram esculpidos pelos seus antepassados.
   Outros dizem que as Itaquatiaras foram feitas pelos fenícios 3 mil anos atrás, quando o Brasil era usado como base comercial daquele povo. Entre os pesquisadores que defendem essa teoria, estava o americano Cyrus H. Gordon, professor universitário especialista em línguas mediterrâneas que, em 1960, traduziu as inscrições das Itaquatiaras da Paraíba:
“Somos filhos de Canaã, de Sidon, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano de 19 de Hirão, nosso poderoso rei. Embarcamos em Ezion-Geber, no mar Vermelho, e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por dois anos, em volta da terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade, nos afastamos de nossos companheiros e, assim, aportamos aqui, 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente passam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor.”
 
Na parte de cima, cópia do texto gravado na pedra de Paraíba, abaixo, o alfabeto fenício

Problemas e soluções
   Apesar da importância do monumento, o poder público nunca mostrou uma preocupação com a sua proteção ou preservação. Quem visita o local pode constatar o abandono e a negligência, e os especialistas vão mais além e dizem que se não houver uma drástica mudança de atitutide da parte do governo, as Itaquatiaras não vão resistir por muito mais tempo.

   Um dos problemas é a esfoliação das camadas superficiais da pedra pelo fenômeno de dilatação durante o dia e contração durante a noite. A única forma de diminuir o efeito destrutivo do choque térmico seria plantar árvores em torno do monumento, evitando assim que a pedra fique exposta ao sol forte.
   Na época das chuvas, esse importante sítio arqueológico fica parcial ou mesmo completamente submerso pelo Riacho Bacamarte cujas águas trazem detritos que se chocam contra a pedra, danificando-a. Além disso, as águas são poluídas por esgotos das cidades próximas, e a poluição acelera o processo de descamação da pedra. Para evitar que as Itaquatiaras sejam destruídas pelo rio, seria necessário desviar o curso da água.
   Outra ameaça à integridade do monolito é a ação perversa de vândalos e exploradores de relíquias arqueológicas, o que prova que é necessário investir em um sistema de segurança para o local.
   Como se tudo isso não bastasse, uma antiga lenda sobre um tesouro guardado dentro da pedra motivou muita gente a tentar quebrá-la, o que causou danos irreversíveis as suas inscrições.

O monumento encoberto pelas águas do Riacho Bacamarte durante enchente
Algumas palavras sobre a presença de fenícios em terras tupis
   A teoria das viagens entre mesopotamia e Brasil vem sendo sustentada não apenas pelo achado das Itaquatiaras na Paraíba, mas também por outras descobertas arqueológicas significativas.
    Por exemplo, foram encontrados estaleiros e porto fenícios, bem como utensílios daquela gente em lagos dos estados do Piauí, Maranhão, e Rio Grande do Norte. Muralhas de pedra e cal erguidas com a típica técnica dos antigos fenícios foram localizadas no Ceará, Piauí e Maranhão. Inscrições gravadas em pedra na Amazônia fazem referência aos reis de Tiro e Sidon. No Rio de Janeiro, a inscrição na Pedra da Gávea foi traduzida como: “Aqui Badezir, rei de Tiro, primogênito de Jetbaal”. Nos estados da Bahia, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais foram coletadas diversas inscrições que, entre outros assuntos, falam das obras do povo fenício no Brasil e da atividade comercial que exercia aqui.
   Além dos fenícios terem deixado provas físicas, eles também influenciaram os idiomas dos nativos. Segundo estudiosos de linguística, muitas palavras Tupi são semelhantes às da língua fenícia.

Itaquatiaras (in English)

   In the City of “Ingá”, or “Serra da Borborema”, there is a monolith about 70 feet long and 9 feet tall that contains strange characters and images of animals, fruits, humans, constellations, and even our own Milky Way galaxy. This monolith, or “Itaquatiaras” as it is known,  is one of the most expressive archaeological findings on the planet.


   The word "Itaquatiara" in the indigenous Tupinambá (Tupi) language means "painted rocks". Indeed, according to specialists, traces of paint pigment are still visible, and prove that the symbols once displayed vivid colors.
   The Itaquatiaras of Paraíba has been known throughout the world since the discovery of Brasil. It was mentioned for the first time in 1618, in the book “Dialogues of the Largeness of Brasil” whose authorship is attributed to the Portuguese Ambrósio Fernandes Brandão.
   Also known as “Pedra de Ingá”, this archaeological monument was the first one to have a title of national patrimony in 1944.

Origins
   The identity of the Itaquatiaras’s sculptor remains a controversy. Many scholars believe that the images were made by an ancient people who lived in the region. However, since discovery of Brasil by the Portuguese, the indigenous aboriginals and their remaining descendants have always maintained that the symbols were not the work of their ancestors.
   Other specialists believe the Itaquatiaras was created by the Phoenicians three thousand years ago when Brasil was used as their commercial base. Among the researchers who defend this theory, was an American scholar of Near Eastern cultures and ancient languages, Cyrus H. Gordon, who, in 1960, translated the text of the Itaquatiaras of Paraíba:

“We are Sidonian Canaanites from the city of the Mercantile King. We were cast up on this distant shore, a land of mountains. We sacrificed a youth to the celestial gods and goddesses in the nineteenth year of our mighty King Hiram and embarked from Ezion-geber into the Red Sea. We voyaged with ten ships and were at sea together for two years around Africa. Then we were separated by the hand of Baal and were no longer with our companions. So we have come here, twelve men and three women, into New Shore. Am I, the Admiral, a man who would flee? Nay! May the celestial gods and goddesses favor us well!”

The text engraved on the Itaquatiaras of Paraíba, and below it the Phoenician alphabet
 
 Problems and solutions
   Today, Brasil is in danger of losing this ancient monument as the Itaquatiaras is deteriorating due to constant thermal expansion and contraction. The only way preserve this treasure is to plant trees around the monument to shade the stone from the damaging effects of sunlight and extreme temperature fluctuations. 
   Further exacerbating the situation, during the rainy season this important archaeological site becomes partially – or completely - submerged by the Bacamarte River; bombarding the monolith with debris carried in its torrential waters. Moreover, the waters are polluted by sewers and contaminated runoff from the nearby cities, which speeds up erosion of the stone. To prevent the destruction of the Itaquatiaras by the river, authorities would have to change the course of the water.
   And sadly, another threat to the integrity of the monolith is the perverse action of vandals and archaeological relics dealers enticed by a legend of treasure hidden within the stone. It is necessary to have a security system to protect that place.

The monument submerged by the Bacamarte River
Few words about the Phoenicians in Tupis lands
   The Itaquatiaras is not the only indication of ancient Phoenicians in Brasil. For example, archaeological discoveries of Phoenician origin include shipyards, port wine and utensils that have been found in lakes of Piauí, Maranhão, and Rio Grande do Norte States, and whitewashed rock walls built with the typical Phoenician technique have been found in the Ceará, Piauí and Maranhão States. In Amazonia, stone text has been discovered that refers to the Phoenician kings of Tiro and Sidon. In Pedra da Gavea, Rio De Janeiro, the text “Here Badezir, king of Tiro, oldest son of Jetbaal” was discovered in addition to writings about the work and commercial activities of the Phoenician people in Brasil found in Bahia, Mato Grosso, Goiás and Minas Gerais.
   The Phoenicians also influenced the native tongue. Linguistic specialists confirm that many Tupi words are similar to Phoenician words.

 

Friday, November 4, 2011

From Bessa to Camaratuba

The north coast beaches in Paraíba are gorgeous beyond the imagination.
As praias do litoral norte da Paraíba são lindas além da imaginação.

Lucena


Areia Vermelha

Miramar


Poço

Baía da Traíção

Barra de Camaratuba

Barra de Mamanguape

Bessa

Camboinha

Costinha

Santa Catarina Fort, Cabedelo

Intermares

Sunday, October 30, 2011

Armorial

"A Pedra do Reino" is a very famous theater play written by Suassuna
"A Pedra do Reino" é uma das obras mais famosas de Ariano

Born in the State of Paraíba, Ariano Suassuna is the biggest name in Brazilian dramaturgy today, and the creator of the “Armorial Movement.” Armorial movement uses artistic expressions as dance, music, theater, cinema, literature, architecture, etc, to create an erudite art associated with exotic northeast region of Brasil.

O paraibano Ariano Suassuna é o maior nome da dramaturgia brasileira atual bem como o idealizador do “Movimento Armorial”, que utiliza expressões artísticas como dança, música, teatro, cinema, literatura, artes plásticas e arquitetura para criar uma arte erudita com a cara do nordeste.

Ariano Suassuna started the Armorial Movement in 1970
O mestre Ariano Suassuna lançou o Movimento Armorial em 1970

The word “armorial” is related to heraldry, insignia, blazons, standards, and flags representing a culture of people. Suassuna says heraldry is much more popular as an art than anything else, and as such, the “Armorial Movement” provides a means of connecting with these cultural roots.

A palavra “armorial” está relacionada à armaria, ou seja, heráldica, que é o conjunto de insígnias, brasões, estandartes e bandeiras de um povo. Ariano diz que a heráldica é uma arte muito mais popular do que qualquer coisa. Portanto, o nome adotado significa o desejo de ligação com essas heráldicas raízes culturais brasileiras.

The play "O Auto da Compadecida", also written by Suassuna, is a huge success on screen
"O Auto da Compadecida" já foi encenada no Brasil inteiro e adaptada para as telas

In Suassuna’s words, “Brazilian Armorial art is linked to the magical spirit of regional literature, or ‘cordel’, and music played on the ‘viola, rabeca and pífano’, to the ‘xilogravura’ (illustration made on wood), and to all forms of popular spectacles”. Of course, the dramaturgy produced by Suassuna expresses the movement he created himself.

Nas palavras de Ariano, “Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos "folhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a Música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus "cantares", e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados”. E como não podia deixar de ser, todas as obras de Ariano expressam o movimento que ele próprio criou.




"Mourão", played by "Quinteto Armorial" band.

Monday, October 17, 2011

Paraíba Tourmaline / Turmalina Paraíba


Camellia Paraíba - pin in white gold with one thousand diamonds and a 37.5 carats of Paraíba tourmaline. The jewel was created by artists of Chanel in the style of a camellia, the flower that symbolizes the French brand / Camélia Paraíba - broche em ouro branco com mil diamantes e uma turmalina Paraíba de 37,5 quilates. A joia foi confeccionada por artistas da Chanel no formato de uma camélia, a flor que simboliza a grife francesa
In the early 1980’s, prospector Heitor Dimas Barbosa started digging an area in São Jose da Batalha in the interior of Paraíba State. After seven years of searching, he found a stone of brilliant electric blue that shone in the dark like neon. Barbosa sent samples of the stone for analysis by the Gemological Institute of America (GIA). 

No início da década de 80, Heitor Dimas Barbosa começou a garimpar uma área em São José da Batalha, interior da Paraíba. Após sete anos de buscas, ele encontrou umas turmalinas de cor azul elétrica e que, pasmem, brilhavam no escuro tal qual néon. O mineiro as enviou para serem analisadas pelo Gemological Institute of America (GIA), que é o maior laboratório de estudos de gemas do mundo.

Because its color, rarity and difficulty to find, Paraíba Tourmaline is often valued at thousands of dollars per “gram”
Upon receiving tests result, Barbosa confirmed his suspicion that his find was in fact, a unique – and very rare - gemstone. The GIA was also astonished by the discovery and published a nine page article on the gemstones in its magazine. And then, the exotic Paraíba Tourmaline quickly became object of desire for gemstone lovers.

Ao receber o resultado dos testes realizados pelo GIA, Heitor confirmou suas suspeitas de que aquelas eram gemas ímpares no mundo inteiro. Por sua vez, o GIA não perdeu tempo e publicou uma matéria de nove páginas sobre a descoberta em sua revista. Nascia, assim, a exótica Turmalina Paraíba, que se tornou objeto de desejo dos apaixonados por pedras raras.

This parrot's eye is a 7 k paraiba tourmaline / Broche de papagaio cujo olho é feito de turmalina
Tourmaline mining in Paraíba was short lived as the supply of this exotic gemstone depleted in the in the early 90’s; however, discoveries of similar tourmaline had been located in two mines in Rio Grande do Norte (Brasil), and other two in Africa (Mozambique and Nigeria). Those tourmaline, also named Paraíba, could not be compared with the rich and intense blue of the ones found in Paraíba.

A produção de turmalinas na Paraíba praticamene se esgotou na primeira metade da década de 90. Na mesma época, entretanto, turmalinas similares foram localizada em duas minas no Rio Grande do Norte, e em outras duas na África (Moçambique e Nigéria), embora não pudessem ser comparadas ao azul rico e intenso das que brotam no solo paraibano.

Por causa da cor, da raridade e da dificuldade de ser encontrada, essa pedra pode atingir o valor de milhares de reais por "grama"
Today, the Brazilian mines are mostly inactive and produce little, and the tourmaline extraction in the African mines is becoming very limited

Atualmente, as minas brasileiros não produzem mais, embora algumas pessoas ainda garimpem na esperança de encontrarem novos bolsões de gemas; e a extração de turmalinas nas minas africanas está se tornando cada vez mais limitada. 


In this video, Jewellery editor of Vogue, Carol Woolton, talks about her first impression on Paraiba Tourmaline.

Nesse vídeo, a editora de jóias da Vogue, Carol Woolton, fala sobre sua primeira impressão da pedra.